quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O terror do curupira


No sítio do meu avô, no interior de SP, havia um pequeno pomar, com meia dúzia de pés de laranja, mas que, no meu imaginário infantil, era uma verdadeira floresta fechada e perigosa. Meu avô alimentava minha imaginação com histórias de sacis, bichos diversos e o temido curupira, que viveriam em harmonia no local. Era um truque dele para evitar que os netos fossem brincar no pomar à noite.
De todos os seres, meu maior medo se fixava no curupira. Como eu poderia escapar de um ser que tem pés virados e alma traquina? Já grande, descobri que o curupira era do bem, pois só atormentaria com assovios e ilusões aqueles que fossem até a floresta cortar lenha ou maltratar bichos inocentes. Para provar que sou corajosa, na Amazônia fui pessoalmente cumprimentar o curupira.

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